Os depoimentos do CEO e do diretor financeiro da Vai de Bet, envolvidos em uma investigação sobre irregularidades no contrato com o Corinthians, foram adiados para datas posteriores à votação do impeachment do presidente Augusto Melo. A mudança, solicitada sem justificativas claras, causou estranheza entre os investigadores, que consideram ambos fundamentais para o prosseguimento do inquérito. A investigação tem origem em um escândalo em que a Vai de Bet é acusada de ações ilícitas durante um contrato publicitário de R$ 360 milhões, levanta dúvidas sobre a transparência e integridade do acordo feito com o Corinthians.

A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre o Corinthians referente a pagamentos de R$ 56 milhões recebidos da Vai de Bet, realizados através de intermediadoras financeiras não autorizadas. O delegado Tiago Fernando Correia pediu explicações ao clube sobre essas transações e requisitou o contato do superintendente financeiro, Luís Ricardo Alves, para prestar novo depoimento. A investigação surgiu após o advogado Rui Fernando relatar que a patrocinadora utilizou empresas cujos CNPJs não estavam no contrato. Apenas R$ 10 milhões dos valores recebidos vieram de intermediadoras previamente autorizadas, levantando dúvidas sobre a regularidade das operações.

O advogado de Gusttavo Lima, Pedro Scudellari Filho, negou que o cantor possua 25% da casa de apostas Vai de Bet, como mencionado em uma ordem de prisão já revogada. Segundo ele, Gusttavo mantém um contrato de uso de imagem com a empresa. A juíza responsável pela ordem alegou que o cantor teria facilitado a fuga dos donos da casa de apostas, mas o advogado afirmou que sua relação com o casal é apenas comercial. Gusttavo Lima viajou para Miami regularmente e já possui residência na cidade, sem qualquer intenção de fugir da Justiça brasileira.